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Sandra Jávera

Livro-sanfona - Oficina de ilustração para crianças

Ilustração e poesia - Oficina para adultos

Quando Sandra Jávera estudava na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade de São Paulo, admirava os colegas que desenhavam bem. Não vinha de uma família ligada às artes nem à arquitetura, e a FAU foi para ela, naquele momento, uma importante porta de entrada para o mundo das imagens. “Era um ambiente de muitas descobertas e novidades, em especial no campo das artes visuais. Um colega mostrava uma revista, outro chamava pra um show de dança lindo, e eu fui aos poucos me aproximando dessa área de produção visual/artística”, conta.

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Arquivo pessoal

O desenho foi ficando cada vez mais presente no seu dia a dia. Sempre que viajava, levava um caderno para testar várias linguagens no papel. “No fim da faculdade já estava completamente apaixonada por desenho, brinquedo e livro”, diz.

Sua experiência na área cresceu ainda mais depois de trabalhar um tempo como assistente do artista gráfico Andrés Sandoval, que lhe apresentou muitas coisas que ainda não conhecia.

Mas, segundo Sandra, foi no trabalho de graduação que realmente sentiu que seu caminho era mesmo o das tintas e pincéis. “Ilustrei um conto do Guimarães Rosa e acho que foi ali que tive mais certeza dessa escolha”.

Um ano depois de terminar a FAU, em 2012,  foi para Nova York com Alfonso, seu namorado na época e atual marido. Ele iria fazer um curso na cidade e voltariam em um ano. Um evento foi levando a outro e já se passaram seis anos: “Tive a sorte de ser ilustradora e imigrante na época da internet! Se não fosse pela tecnologia, que dá a chance de trabalhar a distância, talvez eu tivesse seguido outro percurso”, diz. Segundo ela, sua vida profissional ainda estava engatinhando quando se mudou de país e só foi possível amadurecer porque continuou tendo oportunidades de trabalho no Brasil. Ao mesmo tempo, Nova York lhe apresentou muitas coisas novas e pessoas diferentes, o que ampliou sua percepção artística. “Hoje, entendo que a imagem fala a língua do ‘onde tudo pode acontecer’. Ela abre possibilidades, nos permite projetar e transformar criativamente o que existe. Penso na imagem como um espaço aberto, muito muito grande. Tão grande que pode, em milésimos de segundos, acomodar várias emoções, memórias e nos transportar para outros tempos, passados e futuros”, diz.

Uma das partes de que mais gosta no processo de ilustração é a pesquisa. “Aprendo muito com alguns projetos, tanto pelas referências de imagem como pelas conversas com as pessoas que estão envolvidas no trabalho. Já ilustrei vários livros para os quais precisei estudar antes, que falavam sobre a fauna e a flora brasileiras, a cultura da região do Cariri, histórias indígenas etc… Isso também me ajuda a matar um pouco a saudade que sinto do Brasil”, diz.

Além das ilustrações para livros, revistas e jornais, Sandra também cria estampas para tecidos e papéis de parede.

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Ilustração de Sandra feita para cartão

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Para o livro A estrada que não levava a lugar nenhum, de Gianni Rodari (Editora 34)

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